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APRESENTAÇÃO

 

    É tarefa da inquirição filosófica o desafio de pensar o tempo histórico . Diante dos desafios de um presente histórico de complexidades incomensuráveis: conflitos étnico-religiosos, sexuais e de gênero, desigualdades em escala global, terrorismo e a crise da representatividade democrática, cabe-nos a responsabilidade de pensar a inter-relação entre os eventos, suas consequências na vida cotidiana dos sujeitos e a urgência de decifrar os horizontes possíveis em aberto. Que tempos são esses de ódios não mascarados capazes de perturbar as principais utopias emancipatórias do ocidente? Por que as diferenças são postas em relevo e nos distancia violentamente? E quais são as possibilidades reais de retomar os horizontes basilares de uma sociedade efetivamente democrática? Ao mesmo tempo, o ataque exige um contra-ataque, e esse ódio separatista abre margens para o ódio unificador. Está em jogo o como agir perante a violência autoritária e ideológica. Pensar esses aspectos num mundo desacreditado de futuros redentores; pensar essas questões num mundo desacreditado das formas históricas de institucionalização do poder: movimentos sociais, sindicatos e o Estado. Eis o esforço proposto ao ENEFIL 2016.

 

       O ENEFIL tem a potencialidade de agendar essas discussões no espaço acadêmico. Uma maneira de abrir diálogos com estudantes de filosofia de todo país para juntos analisarmos e criarmos novas formas de ação no mundo. Pois da filosofia não esperamos apenas uma disciplina teórica incapaz de transformar nossas subjetividades, mas antes, como um discurso que nos força a reinventar nossas práticas. Esse evento permitirá trocas simbólicas e integrará os estudantes da nossa universidade com os demais do país, realizando assim o que vem a ser uma tradição do nosso campus: o diálogo.

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